segunda-feira, 8 de maio de 2017

Clonagem de mamíferos 

Introdução

A clonagem é uma forma de reprodução assexuada, ou seja, forma de reprodução que não envolve a união de um óvulo com um espermatozoide. Estaremos a referir especificamente à técnica de transferência nuclear utilizada pela primeira vez com sucesso em mamíferos na geração da ovelha Dolly em 1997. Nesta técnica, uma célula de um indivíduo adulto que é fundida com um óvulo enucleado, ou seja, sem núcleo. O "embrião" gerado possui como conteúdo genético da pessoa que doou a célula, ou seja, um clone. Alternativamente, somente o núcleo da célula adulta, onde está localizado o seu conteúdo genético, pode ser injetado no óvulo enucleado.
O embrião gerado pela transferência nuclear inicia o desenvolvimento ainda no laboratório, dividindo se em duas células, quatro, oito, e assim sucessivamente até o estádio de blastocisto, onde ele é composto de 100 200 células. Nesse ponto ele pode ser transferido para o útero de uma fêmea receptora onde ele se desenvolverá até o nascimento.

clonagem da ovelha Dolly 

A grande notícia da Dolly foi justamente a descoberta de que uma célula somática de mamífero, já diferenciada, como a célula da pele, a célula do coração, etc. poderia ser reprogramada ao estágio inicial e voltar a ser totipotente (isto é poder dar origem a qualquer tipo celular novamente).
Isto foi conseguido através da transferência do núcleo de uma célula somática da glândula mamária da ovelha que originou a Dolly para um óvulo anucleado (óvulo sem núcleo). Surpreendentemente, este começou a comportar-se como um óvulo recém-fecundado por um espermatozoide. Isto provavelmente ocorreu porque o óvulo, quando fecundado, tem mecanismos, para nós ainda desconhecidos, para reprogramar o DNA de modo a tornar todos os seus genes novamente ativos, o que ocorre no processo normal de fertilização.



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